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terça-feira, 21 de abril de 2015

REUNIÃO SOCIALIZAÇÃO DO PIPE

No dia 20/04/2015, reuniram-se na Escola Gov. Paulo Nunes Leal, Gestores, Tecnicos, Professores e Pessoal administrativo da escola para procederem o planejamento do Plano de Intervenção Pedagógica da escola- PIPE/15.  Foi repassado a Portaria 2494/2014-GAB/SEDUC de 04 de dezembro de 2014, bem como, apresentação dos projetos pedagógicos escolares.
PORTARIA Nº   2494/2014-GAB/SEDUC /Porto Velho, 04 de dezembro de 2014.
Institucionaliza e regulamenta o desenvolvimento do Plano de Intervenção Pedagógica da Escola – Pipe nas escolas da Rede Pública Estadual de Ensino e, dá outras providências.   No  Art. 1º Institucionaliza e Regulamenta o desenvolvimento do Plano de Intervenção Pedagógica da Escola – Pipe nas escolas da Rede Pública Estadual de Ensino.
§ 1º O Plano de Intervenção Pedagógica da Escola – Pipe é uma ação de planejamento a ser desenvolvida pelas escolas com base na análise dos resultados das Avaliações Internas e Externas, priorizando os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, além de considerar as demais áreas de conhecimento.  No Art. 6º O Pipe deverá ser avaliado, revisado e atualizado em cada reunião do Conselho de Classe e a qualquer momento que se fizer necessário.
Parágrafo único. Para redefinição das ações do Pipe também deverão ser observados os dados apresentados pelo Serviço de Orientação Educacional – SOE sobre cada turma do ano escolar correspondente, apresentado nos dias das reuniões do Conselho de Classe estabelecidos no calendário da escola.


sábado, 18 de abril de 2015

O Trato com o lixo

Cansaço Globo repórter

Edição do dia 17/04/2015
17/04/2015 23h28 - Atualizado em 18/04/2015 00h30

Sedentarismo e má alimentação são vilões do cansaço

Pesquisa diz que 98% dos brasileiros se dizem cansados. Alimentação desregrada e falta de exercícios podem contribuir para a questão da fadiga.

Tempos modernos. Tarefas em série. Ditadura de obrigações capaz de esgotar nossa energia.

“A fadiga é um sinal muito potente, muito forte e que mostra que alguma coisa está fora do equilíbrio”, explica o professor do Laboratório de Nutrição da USP, Antônio Herbert Lancha Júnior.

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Se você anda sem pique, não está sozinho: uma pesquisa do Ibope mostra que 98% dos brasileiros se dizem cansados. Quase metade deles está na região Sudeste.  
Paulistanos cedo madrugam. Aparecido e a namorada Bianca despertam as cinco da manhã e para chegar ao trabalho atravessam a cidade. No anda e para do congestionamento o namorado dorme ao volante. 
“Já aconteceu de eu parar no semáforo e tirar uma cochiladinha e acordar o carro da frente estar quase 100 metros à frente de distância e o de trás querer me matar. Só faltava o cara bater no vidro: ‘acorda aí’”, conta o superintendente de Risco e Compliance Aparecido de Sousa Lima.

“Chego no trabalho estressada todo dia de manhã. Vou brigando com ele e acordando o tempo todo. Eu não posso dormir, na verdade o passageiro que deveria dormir mas eu não posso dormir nesse caso. Já aconteceu acidente, já aconteceu de eu bobear e ele subir numa guia, bater a roda do carro e dar uma ralada boa”, reclama a analista de sistema Bianca Gonçalves das Neves.

Aparecido trabalha em uma das áreas mais estressantes para os homens: o mercado financeiro. Gerente de risco, se dormir no ponto o prejuízo é certo. Ele tem cinco horas e meia de sono por noite - uma a menos que a média dos paulistanos.

“Quem não dorme bem pode acordar com dor de cabeça. Durante o dia vai ter cansaço ou sonolência, vai também ter dificuldade de concentração, pode ter irritabilidade”, diz a pneumologista e especialista em sono Luciana Palombini.

No final de semana, o descanso é prioridade, mas o cansaço atrapalha até o relacionamento. Mas o motivo para discutir a relação é outro.

Bianca: Todas as vezes que eu vejo ele dormindo eu falo pra ele: não venho mais, porque eu vou me estressar e eu não venho mais.
Aparecido: Mas no outro dia ela vai.
Bianca: Porque eu fico preocupada pelo fato de ele ir sozinho e acabar dormindo no volante.

Quem tem muita sonolência durante o dia normalmente está em guerra com o travesseiro à noite. E o sono de má qualidade é o principal vilão do cansaço. O Globo Repórter procurou saber se Aparecido está dormindo direito. O sono dele foi monitorado através de um exame de polissonografia.
 
Aparecido explica que como chega tarde, demora para dormir e perde o sono fácil. O exame realizado em Aparecido confirma a suspeita: ele dorme pouco e mal.

“O resultado do sono mostrou que Aparecido tem uma alteração respiratória, um problema respiratório durante o sono que não o deixa descansar. Várias vezes durante a noite ele tem uma diminuição do espaço para o ar passar. Com o tempo, esse problema respiratório vai piorando, e hoje a gente sabe que a apneia grave, essa sim, é associada a diabetes, hipertensão, a um maior risco de AVC, de enfarto e de outras coisas graves”, explica a médica.
Para o tratamento, a médica indicou um aparelho odontológico que abre a mandíbula e facilita a respiração. Aparecido ficou surpreso com os resultados do exame, principalmente pelas consequências graves que o problema acarreta ao longo dos anos.

Sedentarismo e má alimentação contribuem para o cansaço
Um sono reparador é como uma faxina no organismo, com a liberação de hormônios que eliminam toxinas e ajudam na recuperação de tecidos. Por isso tem uma influência tão grande no cansaço. Pesquisadores da Universidade de Campinas decidiram investigar a fadiga de quem madruga todos os dias, e elegeram a Ceasa como base de estudos. O resultado do trabalho confirmou o sono ruim dos funcionários e revelou outros dois vilões do cansaço: sedentarismo e má alimentação. O batente na Ceasa começa às quatro e meia da manhã, com luz artificial.
 
“Quando você utiliza substâncias para que você trabalhe acima do seu limite de competência, as consequências podem não ser desejáveis. Então, cessado o efeito da cafeína, cessado o efeito do guaraná, o cansaço vai ser ainda mais pronunciado”, explica o professor Antônio Herbert Lancha Júnior.

Em Campinas, 20 mil pessoas trabalham direta e indiretamente na venda dos produtos hortifruti. O serviço mais pesado é dos carregadores, os primeiros a ficar com a bateria descarregada. A pesquisa do Departamento de Enfermagem da Unicamp concluiu que os trabalhadores da Ceasa de Campinas dormem, em média, 5 horas e meia.
“Eles se queixam basicamente de sonolência. Outra questão, além da sonolência, que também contribui para a fadiga, é o fato do próprio trabalho, da característica do trabalho desses jovens. A maior parte deles são ajudantes gerais, e os ajudantes gerais têm uma maior demanda física de trabalho, eles fazem bastante movimento repetitivo e, principalmente, a carga de peso. Isso acaba contribuindo para a questão da fadiga”, explica a enfermeira Valéria Masson.
"Eles chegam muito cedo. Uma parte deles às vezes não tomou o café da manhã, que é a principal refeição do dia, inclusive pelo horário. Às vezes, procuram mais os alimentos industrializados nos restaurantes, embora eles tenham acesso a frutas legumes e verduras”, diz Maria Inês Monteiro, professora da Faculdade de Enfermagem da Unicamp.
Frutas mais populares são as maiores aliadas contra a fadiga
A supervisora de vendas Ângela Silva é um bom exemplo dessa contradição. A alimentação desregrada dela custou 28 quilos a mais.

“O cansaço, assim como o estresse, eles afetam o paladar da pessoa. Então, parece que ela busca alimentos com mais sabor, também como uma forma de gratificação, uma forma de ter esse sabor. Então: mais molhos, mais pimenta, mais chocolate”, diz a PhD em psicologia Ana Maria Rossi.
Ângela trabalha a maior parte do tempo sentada, mas estava mais exausta que os carregadores. “Sentia muito cansaço, já chegava irritada, brava, nervosa, irritada com as meninas, já brigava com elas, brigava com os freteiros, com o patrão, com todo mundo. Aquela pessoa não era eu”, reconhece Ângela.
Quem antes distribuía broncas, agora compartilha saúde. Orientada pelas pesquisadoras da Unicamp, Ângela passou a frequentar o ambulatório da Ceasa e passou por uma reeducação alimentar, com pelo menos as três refeições principais do dia. Sheiks naturais com frutas e cereais como a linhaça dourada agora fazem parte do cardápio. E no próprio local de trabalho, Ângela descobriu que as frutas mais populares são as maiores aliadas contra a fadiga.

Um mix de frutas com açaí bombardeia os efeitos do cansaço. Outro combustível indispensável são os carboidratos. A receita anti- cansaço deve ter ainda alimentos com arginina - um desintoxicante encontrado no frango, peixes e derivados do leite.

Com os alimentos energéticos Ângela perdeu peso e ganhou ânimo.

Globo Repórter: A alimentação fez uma transformação na sua vida?
Ângela: Sim. Completamente. Hoje eu tenho disposição para fazer uma caminhada, fazer um exercício, passear. Mais pique e menos cansaço!
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